
(251105) -- ZHENGZHOU, Nov. 5, 2025 (Xinhua) -- This photo taken on Nov. 3, 2025 shows a new energy vehicle (NEV) assembly line of BYD, China's leading NEV manufacturer, at the plant of BYD in Zhengzhou, central China's Henan Province. As an important industrial base in central China, Henan Province has actively promoted the high-quality development of its manufacturing sector through scientific and technological innovation and industrial upgrading. (Xinhua/Li Jianan)
Rio de Janeiro – As importações de veículos de marcas chinesas para o Brasil cresceram 53,1% nos primeiros 11 meses do ano em comparação com o mesmo período de 2024, informou nesta segunda-feira a Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea).
Com 161.952 unidades exportadas entre janeiro e novembro, a China registrou o maior aumento entre todos os fornecedores para o maior mercado automotivo da América Latina.
Por outro lado, o Brasil aumentou suas exportações para a Argentina no mesmo período: o volume cresceu 100,9%, para 295.258 unidades, impulsionado pelo acordo bilateral existente entre os dois países. Apesar do dinamismo do comércio exterior, a produção nacional diminuiu em 2025. Entre janeiro e novembro, a produção de veículos caiu 8,2% em comparação com o mesmo período de 2024.
Em contrapartida, o mercado interno apresentou sinais ocasionais de recuperação: novembro registrou o melhor desempenho de vendas do ano, com uma média diária de 12.600 unidades, embora ainda abaixo do nível de 2024. Durante a apresentação dos resultados, o presidente da Anfavea, Igor Calvet, admitiu que a organização já não espera atingir a sua meta anual.
“A nossa projeção na Anfavea para este ano era um aumento de 7,8% na produção (…) A nossa projeção provavelmente não se concretizará, dados os resultados acumulados até novembro”, afirmou. Calvet atribuiu parte da desaceleração ao aumento das taxas de juros entre 2024 e 2025, uma política do Banco Central destinada a conter a inflação, mas que encarece o crédito e a compra de bens duráveis, como automóveis.
“Em novembro de 2024, tínhamos uma taxa de juros de referência de 11,3%, enquanto hoje é de 15%. Em novembro de 2024, a taxa para pessoas físicas era de 26,4%, e agora é de 27,4%. Isso já está se refletindo na produção”, comentou Calvet.