

Beijing – A China insta veementemente a União Europeia (UE) a cessar a interferência nos assuntos internos de outros países sob o pretexto dos direitos humanos, disse na quinta-feira o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Guo Jiakun.
Guo fez essas declarações em uma coletiva de imprensa regular ao responder a uma pergunta sobre uma declaração relativa à China, emitida pela Delegação da UE na China no Dia Internacional dos Direitos Humanos.
A declaração sobre direitos humanos na China emitida pela delegação da UE ignora deliberadamente os fatos, distorce o certo e o errado e está repleta de calúnias maliciosas, mentiras descaradas e informações falsas sobre a situação dos direitos humanos na China, assinalou Guo.
Ele observou ainda que a declaração constitui uma grave interferência nos assuntos internos e na soberania judicial da China, além de uma séria violação do direito internacional e das normas fundamentais que regem as relações internacionais.
“A China condena veementemente e se opõe firmemente a essa declaração e já apresentou sérias representações ao lado da UE”, disse Guo.
Guo enfatizou que o governo chinês dá grande importância à promoção e proteção dos direitos humanos e trilhou com sucesso um caminho de desenvolvimento dos direitos humanos que está em conformidade com a tendência da época e se adapta às condições nacionais da China.
“Conquistas históricas foram alcançadas na causa dos direitos humanos e no avanço da democracia socialista e do Estado de Direito no país, um fato que qualquer pessoa sem preconceitos pode ver e reconhecer”, observou Guo.
Ele destacou que os assuntos relacionados a Xinjiang, Xizang e Hong Kong são assuntos internos da China, que não admitem interferência externa. As regiões de Xinjiang e Xizang da China desfrutam de estabilidade social, crescimento econômico e solidariedade étnica, e alcançaram a melhoria das condições de vida da população. Guo também disse que a prática de “um país, dois sistemas” em Hong Kong alcançou sucessos amplamente reconhecidos, com os residentes da Região Administrativa Especial de Hong Kong desfrutando de amplos direitos e liberdades de acordo com a lei.
A Constituição da China garante plenamente a liberdade de expressão e a liberdade de crença religiosa dos cidadãos, observou Guo, acrescentando que a China é um país governado pelo Estado de Direito, onde todos são iguais perante a lei, e os direitos humanos não podem ser usados como desculpa para fugir da punição legal.
Guo destacou que, nos últimos anos, a situação dos direitos humanos na UE continuou a se deteriorar. Violações dos direitos humanos, como discriminação racial, violação dos direitos de refugiados e imigrantes, restrições à liberdade de expressão, tolerância ao ódio contra certos grupos religiosos, injustiça judicial e violência contra as mulheres surgiram uma após a outra, acrescentou.
“A UE fecha os olhos aos seus próprios problemas enquanto aponta o dedo a outros países. Tal hipocrisia e duplo padrão há muito foram expostos aos olhos do mundo. A UE não está em posição de dar lições aos outros sobre direitos humanos, muito menos de se apresentar como a ‘defensora dos direitos humanos'”, apontou o porta-voz.
A China insta veementemente a UE a se engajar em uma reflexão séria, respeitar os fatos fundamentais e ver as conquistas da causa dos direitos humanos da China de forma objetiva, disse Guo, acrescentando que a UE deve cessar sua “diplomacia do megafone”, parar de politizar e instrumentalizar os assuntos de direitos humanos e cessar de interferir nos assuntos internos de outros países sob o pretexto dos direitos humanos.