Nanjing – O projeto de Pintura em Pergaminho da Imagem da Via Láctea (MWISP, em inglês) da China divulgou o conjunto de dados de Fase 1 de dados de observação de linhas espectrais moleculares de ondas milimétricas, segundo o Observatório da Montanha Roxa (PMO, em inglês) da Academia Chinesa de Ciências nesta quinta-feira.

Os dados recém-divulgados abrangem aproximadamente 2.300 graus quadrados do plano galáctico norte, abrangendo longitudes de 10 a 230 graus e latitudes dentro de ±5 graus, disse Yang Ji, cientista-chefe do projeto MWISP e pesquisador do PMO.

Ao detectar sinais de ondas milimétricas provenientes de moléculas interestelares de monóxido de carbono, o projeto fornece mapeamento de alta precisão das distribuições e estruturas moleculares de gases da Via Láctea.

O projeto MWISP, que iniciou observações sistemáticas em 2011, completou o mapeamento completo de sua primeira fase.

A liberação compreende mais de 100 milhões de linhas espectrais individuais acumuladas pela equipe de pesquisa, além de mais de 100.000 amostras de nuvem molecular. Com base nos dados, os pesquisadores reuniram o banco de dados de linhas moleculares de monóxido de carbono de ondas milimétricas mais completo até hoje, oferecendo uma visão panorâmica da pesquisa sobre a Via Láctea.

Além disso, os dados também revelaram a complexa estrutura interna e as propriedades físicas das nuvens interestelares, oferecendo um “atlas tridimensional” e um “relatório censitário” do gás molecular da Via Láctea para investigar o ciclo gásico galáctico e a formação estelar.

O conjunto de dados MWISP pode sinergizar com outras grandes instalações chinesas, como o Radiotelescópio Esférico de Abertura de Quinhentos Metros (FAST) e o Grande Observatório de Chuvas de Ar de Alta Altitude (LHAASO), impulsionando pesquisas de fronteira em áreas como o meio interestelar, estrutura e evolução galáctica, e as origens dos raios cósmicos de alta energia, disse Su Yang, pesquisador associado do PMO.