Nesta quinta-feira (27), foi anunciada pelo Conselho de Direitos Humanos da ONU uma abertura de investigação sobre a possibilidade de abusos dos direitos humanos em Israel e Territórios Palestinos depois do conflito na Faixa de Gaza. Houve 24 membros do conselho a favor, 14 se abstiveram e 9 foram contra.
Pela primeira vez, o Conselho designa uma comissão de investigação com mandato por tempo indefinido. Ocorrerá uma tentativa de juntar provas e elementos que podem ser usados para abrir processos judiciais e identificar culpados para serem julgados.
Bombardeios israelenses que foi efetuado recentemente na Faixa de Gaza podem ser considerados crimes de guerra, segundo Michelle Bachelet, Alta Comissária da ONU para Direitos Humanos. Também foi afirmado que os foguetes arremessados contra Israel pelo Hamas, movimento islâmico, desrespeitaram o direito internacional.
Segundo Bachelet, embora Israel assegure que os prédios e casas atingidos em Gaza eram utilizados por militares ou grupos armados. Desde o dia 10 de maio, a quarta guerra entre Hamas e Israel se iniciou, o pontapé inicial para a guerra foram foguetes palestinos lançados contra território hebreu, então o bombardeio foi respondido e houve mortes e feridos entre civis, gerando destruição e danos materiais.
Israel informou que não irá cooperar na investigação e o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, chama decisão feita pela ONU de vergonhosa. Já um porta-voz do grupo armado palestino, que controla a Faixa de Gaza disse que as ações formaram uma “resistência legítima” e solicitou medidas urgentes contra Israel para puni-lo.