Áden, Iêmen, – O novo enviado especial da ONU para o Iêmen, Hans Grundberg, desembarcou na terça-feira na cidade portuária de Áden, no sul do país, em sua primeira visita ao país árabe devastado pela guerra desde que assumiu o cargo no mês passado.
Durante sua visita, Grundberg teve várias reuniões com funcionários do governo do Iêmen e outros líderes importantes dos rivais no país que testemunha um conflito sangrento pelo sétimo ano consecutivo.
Ele primeiramente se encontrou com o primeiro-ministro do Iêmen, Maeen Abdulmalik, no palácio presidencial em Áden, e discutiu iniciativas destinadas a estabelecer a paz permanente no Iêmen, visto que os combates continuam escalando em várias áreas do país.
Abdulmalik “espera uma identificação inequívoca da ONU e nomeação do partido que está obstruindo a paz no país, sem qualquer manobra”, relatou a agência estatal de notícias Saba.
Abdulmalik afirmou a persistente cooperação de seu governo com os esforços regionais e internacionais com o objetivo de encontrar uma solução política para acabar com o sofrimento do povo iemenita.
Ele disse que “a milícia Houthi não leva a paz a sério e continua intensificando as operações militares, visando civis e deslocados, além de cometer massacres”.
De sua parte, Grundberg informou o primeiro-ministro iemenita sobre os resultados de suas visitas e reuniões em Riade e Amã, e seu foco em parar a violência e discutir o andamento de um acordo de paz abrangente, de acordo com Saba.
O enviado da ONU também se reuniu com a liderança do Conselho de Transição do Sul (STC), com sede em Áden, uma poderosa facção política iemenita que controla totalmente a maioria das províncias do sul do país, incluindo Áden.
O presidente do STC, Aidarous Zubaidi, afirmou o apoio de seu conselho aos esforços de Grundberg que levariam à retomada de um processo político abrangente, de acordo com o comunicado de imprensa do STC.
Zubaidi destacou que a participação do STC no próximo processo de paz será fundamental e deve fazer parte de todas as etapas das negociações políticas promovidas pela ONU.
Grundberg deve viajar para a capital do país, Sanaã, para se encontrar com os líderes dos houthis que controlam as províncias do norte do Iêmen.
A primeira visita do enviado da ONU ao Iêmen coincidiu com uma forte escalada de combates entre as forças do governo e os rebeldes Houthi em várias áreas do empobrecido país árabe.
As batalhas mais ferozes ocorreram na província de Marib, rica em petróleo e gás, que testemunhou um conflito sangrento sem fim entre os dois lados em conflito em meio à intensificação dos ataques aéreos realizados pela coalizão liderada pela Arábia Saudita.
No início do dia, batalhas ferozes atingiram a parte sul de Marib quando os rebeldes Houthi mobilizaram centenas de combatentes para capturar a estratégica cidade do Iêmen e expulsar as forças do governo apoiadas pela Arábia Saudita estacionadas lá.
Fontes militares iemenitas confirmaram à Xinhua que um total de 74 rebeldes Houthi e oito soldados pró-governo do exército foram mortos em uma batalha entre os dois lados durante as últimas horas em Marib.
A batalha aconteceu na linha de frente de Lam’aa, no distrito de Harib, cerca de 60 km a sudoeste do centro da cidade de Marib, controlado pelo governo, disse uma das fontes na linha de frente à Xinhua, sob condição de anonimato.
Enquanto isso, o grupo rebelde Houthi relatou que quase 22 ataques aéreos foram realizados por aviões de guerra da coalizão liderada pela Arábia Saudita contra suas posições em Marib.
A milícia houthi apoiada pelo Irã lançou em fevereiro uma grande ofensiva contra Marib na tentativa de tomar o controle da província rica em petróleo, o último reduto do norte do governo iemenita apoiado pela Arábia Saudita.
O Iêmen está mergulhado em uma guerra civil desde setembro de 2014, quando a milícia Houthi expulsou o governo internacionalmente reconhecido do presidente Abd-Rabbu Mansour Hadi da capital Sanaã.
1. Jornalistas leem cópias do livro branco intitulado "Conquistas da China no Desenvolvimento Integral das Mulheres na Nova Era", divulgado pelo Departamento de Comunicação do Conselho de Estado durante uma coletiva de imprensa em Beijing, capital da China, em 19 de setembro de 2025. (Xinhua/Li Xin)