Brasília — O mercado financeiro do Brasil elevou a previsão para o índice de inflação deste ano de 8,51 para 8,59%, de acordo com a pesquisa Focus divulgada nesta segunda-feira, realizada pelo banco central com as principais instituições financeiras.

Os economistas têm elevado a previsão nas últimas 27 semanas. Somente em setembro, o índice de preços chegou a 1,6%, seu nível mais alto para o mês desde 1994.

Segundo os especialistas, a alta está relacionada principalmente ao aumento do preço dos combustíveis e da energia elétrica, além do dólar e do preço das matérias-primas.

Para 2022, a expectativa dos analistas passou de 4,14 para 4,17%.

A projeção da inflação para este ano excede largamente a meta oficial que em 2021 é de 3,75% com um intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual, ou seja, com um teto de 5,25%.

Os economistas mantiveram sua previsão para a taxa básica de juros Selic, atualmente em 6,25% ao ano, em 8,25% para o fim deste ano e a elevaram de 8,50 para 8,75% no fim de 2022.

A previsão de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) para este ano se manteve em 5,04%, o que deverá reverter com folga a retração da maior economia da América do Sul ocorrida no ano passado, quando apresentou uma queda de 4,1%. Para 2022, baixou de 1,57 para 1,54%.

A previsão para a taxa de câmbio, atualmente em 5,51 reais por dólar, se situa em 5,21 reais por dólar, tanto para o fim deste ano como para o fim do próximo.

Para o saldo da balança comercial (resultado do total de exportações menos importações), a estimativa se situa em US$ 70 bilhões para 2021 e em US$ 63 bilhões para 2022.

A previsão para a entrada de investimentos estrangeiros diretos no país é de US$ 51 bilhões para este ano e de US$ 60,5 bilhões para 2022.