Presidente Lula propõe uma governança global para Inteligência Artificial

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Presidente Lula propõe uma governança global para Inteligência Artificial

(240531) -- GENEVA, May 31, 2024 (Xinhua) -- Robot artist Ai-Da draws at the 2024 Artificial Intelligence (AI) for Good Global Summit in Geneva, Switzerland, May 30, 2024. The 2024 Artificial Intelligence (AI) for Good Global Summit began on Thursday in the Swiss capital of Geneva. (Xinhua/Lian Yi)

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva, propôs na sexta-feira (14) estabelecer uma governança global e representativa para a questão da inteligência artificial, a fim de que seus benefícios sejam “compartilhados por todos”, informou a Presidência da República.

“As instituições de governança são inoperantes frente à realidade geopolítica atual e perpetuam privilégios”, disse Lula durante a sessão de engajamento externo da Cúpula do G7, reunião dos líderes de sete das maiores economias do mundo, que se realiza na Itália e na qual participa como convidado.

O evento começou na quinta-feira e vai até este sábado na região da Puglia, no sul da Itália. A sessão de trabalho começou com os discursos da primeira-ministra italiana, Giorgia Meloni, e do papa Francisco. A fala do presidente brasileiro e de outros líderes não foi transmitida, mas o texto lido foi divulgado pelo Palácio do Planalto do Brasil.

Para o presidente brasileiro, os desafios atuais envolvem a condução de uma revolução digital inclusiva e o enfrentamento das mudanças do clima. Nesse sentido, segundo ele, a inteligência artificial pode potencializar as capacidades dos Estados de adotarem políticas públicas para o meio ambiente e contribuir para a transição energética.

“Temos que lidar com essa dupla transição tendo como foco a dignidade humana, a saúde do planeta e um senso de responsabilidade com as futuras gerações. No âmbito digital, estamos vivenciando uma concentração sem precedentes nas mãos de um pequeno número de pessoas e de empresas, sediadas um número ainda menor de países. A inteligência artificial acentua este cenário de oportunidades, riscos e assimetrias”, afirmou.

Para Lula, qualquer uso da inteligência artificial deve respeitar os direitos humanos, proteger os dados pessoais e promover a integridade da informação.

“Uma inteligência artificial que também tenha a cara do Sul Global, que fortaleça a diversidade cultural e linguística e que desenvolva a economia digital de nossos países. E, sobretudo, uma inteligência artificial como ferramenta para a paz, não para a guerra. Necessitamos de uma governança internacional e intergovernamental da inteligência artificial, em que todos os Estados tenham assento”, ressaltou Lula aos líderes do G7.

As cúpulas do G7 costumam contar com a presença de países convidados. Esta é a oitava vez que Lula participa da reunião. As seis primeiras ocorreram em seus dois primeiros mandatos, entre os anos de 2003 e 2009. Desde então, o Brasil não comparecia a um encontro do grupo. A sétima participação do presidente brasileiro foi no ano passado, na cúpula em Hiroshima, no Japão.

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