Foram denunciadas supostas fraudes em um contrato de R$ 15 milhões para compras de material hospitalar através da Secretaria de Saúde de Recife. Estão sendo investigadas cinco pessoas são elas Felipe Bittencourt (ex-diretor executivo de Administraçãoe Finanças), ex-secretário de saúde Jailson Correia, a ex-gerente de Conservação de Rede Mariah Bravo e dois empresários responsáveis pela Delta Med, Jones Marco e Renata Deud Salomão.

A Operação Bal Masqué foi efetuada pelo Ministério Público Federal em Pernambuco (MPF-PE), ela foi assinada por João Paulo Holanda, procurador da República. As acusações são de crime de falsidade ideológica, documentação falsa, fraude em licitações e desvio de recursos.

Segundo a Polícia Federal, dos 15 milhões contratados para fornecimento de máscaras, toucas e aventais, apenas 7 milhões foram fornecidos em produtos. A CGU, Controladoria Geral da União que trabalhou junto com a PF citou que a empresa que está envolvida seria de aparência, pois o valor da compra era 53 vezes maior que o capital da empresa, que era 300 mil, e não tinha capacidade para o fornecimento dos materiais que foram comprados.

Antes desta operação, Mariah, Jailson e Felipe já estiveram envolvidos em outra denúncia feita pelo MPF-PE, na Operação Apneia em maio ainda deste ano. Esta operação se tratou na compra de respiradores sem certificação da Anvisa no valor de R$ 11,5 milhões.

A Prefeitura do Recife alega que todas as compras e contratos eram efetuados de uma forma legal e enviados para o Tribunal de Contas do Estado (TCE), para a CGU, MPF e MPPE (Ministério Público de Pernambuco), e que todos os materiais recebidos estão sendo utilizados pelos profissionais nos hospitais. Sobre os respiradores, os mesmos não foram usados e pela ausência de autorização da Anvisa, os equipamentos foram devolvidos e o valor foi ressarcido para a prefeitura.