Jinan – Acadêmicos e especialistas de todo o mundo se reuniram nesta quarta-feira em Nishan, na Província de Shandong, para dois dias de diálogo e intercâmbio cultural, com o objetivo de aprofundar o entendimento mútuo entre civilizações e explorar soluções compartilhadas para o desenvolvimento global.

O Fórum Nishan sobre Civilizações Mundiais atraiu mais de 560 convidados de mais de 70 países a este local histórico, onde Confúcio, o estimado filósofo e educador, nasceu em 551 a.C. Por milhares de anos, ele tem sido reverenciado como um símbolo da cultura tradicional da China.

No fórum, os participantes discutiram como a cultura confucionista continua a ressoar no mundo moderno, o papel crítico da colaboração global na promoção da modernização e as implicações de longo alcance da inteligência artificial para o futuro da civilização, entre outros tópicos.

Ao discursar na abertura do fórum, Sun Chunlan, presidente da Associação Internacional do Confucionismo, disse que uma exploração completa de como gerenciar as relações entre diferentes civilizações e seu papel no avanço da modernização tem grande significado prático.

Hoje, a China está comprometida em oferecer novas oportunidades ao mundo por meio das conquistas de seu caminho único para a modernização e em fornecer um novo impulso aos parceiros globais por meio de seu vasto mercado interno, acrescentou ela.

“Isso reflete vividamente a abordagem de longo prazo da nação chinesa de ‘fazer amizade com os vizinhos e promover a harmonia entre todas as nações'”, disse Sun.

Os estudiosos presentes no fórum destacaram o papel essencial que o intercâmbio cultural e o aprendizado mútuo entre civilizações desempenham no avanço do progresso humano.

Zhao Rui, vice-presidente da Academia Chinesa de Ciências Sociais, destacou como, desde os tempos modernos, tais intercâmbios têm promovido uma profunda integração e inovação entre sistemas políticos, economias, culturas e modos de vida em todo o mundo.

Além de estimular o diálogo acadêmico e as conexões interpessoais, esses intercâmbios também geraram insights valiosos para enfrentar os desafios globais, abrindo diversos caminhos para a modernização, acrescentou Zhao.

Essa opinião foi compartilhada por outros participantes. Hussain Mohamed Latheef, vice-presidente da República das Maldivas, enfatizou que, em um momento de incerteza global, promover o diálogo, incentivar o intercâmbio cultural e trabalhar juntos para construir um futuro melhor são mais vitais do que nunca.

Ele também elogiou a Iniciativa de Civilização Global da China, descrevendo-a como um lembrete oportuno da necessidade de respeitar e compreender as diversas culturas em todo o mundo. A iniciativa promove valores humanos compartilhados, visa equilibrar tradição e inovação e apoia o intercâmbio cultural e o desenvolvimento, disse ele.

Jean Louis Robinson Richard, embaixador da República de Madagascar na China, destacou a importância do Fórum Nishan como uma plataforma para o diálogo civilizacional em meio à turbulência global atual.

A China proporcionou uma plataforma para o intercâmbio profundo entre pessoas de diferentes nacionalidades, origens e culturas, contribuindo enormemente para a paz global, disse ele.

Isso, acrescentou ele, reflete o ditado confucionista de Os Analectos: “O sábio busca harmonia, não uniformidade.”, ressaltando o ideal de coexistência pacífica sem impor uniformidade.

Em sua 11ª edição desde seu lançamento em 2010, o Fórum Nishan sobre Civilizações Mundiais emergiu como uma plataforma global proeminente para o diálogo entre culturas.