O mercado financeiro brasileiro reduziu sua estimativa de inflação para 2025 pela décima quarta semana consecutiva, situando-a em 4,85%, segundo o Boletim Focus divulgado a cada segunda-feira pelo Banco Central.
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), considerado a inflação oficial do país, havia sido projetado em 4,86% na semana passada. Para 2026, a expectativa também caiu, de 4,33% para 4,31%.
A meta de inflação estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional é de 3%, com margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo, estabelecendo um teto de 4,5%. Dessa forma, a projeção para este ano permanece acima do teto.
Em julho, a inflação mensal foi de 0,26%, impulsionada pelo aumento dos preços da energia elétrica, enquanto os preços dos alimentos registraram a segunda queda consecutiva. Nos últimos 12 meses, a inflação acumulada atingiu 5,23%.
Para conter a inflação, o Banco Central mantém a taxa básica de juros (Selic) em 15% ao ano, após sete aumentos consecutivos. A autoridade monetária interrompeu o ciclo de aumentos em julho, embora tenha alertado que poderá elevar a taxa novamente caso haja pressões adicionais sobre os preços, especialmente diante das incertezas decorrentes da política comercial dos EUA.
O mercado projeta que a taxa Selic fechará 2025 em 15%, caindo para 12,5% em 2026.
Em relação ao crescimento econômico, a projeção para o Produto Interno Bruto (PIB) em 2025 passou de 2,18% para 2,19%. Para 2026, a previsão é de 1,87%.
A economia brasileira cresceu 1,4% no primeiro trimestre de 2025, impulsionada pelo setor agrícola. Em 2024, o PIB cresceu 3,4%, o maior aumento desde 2021, quando atingiu 4,8%.
Em relação à taxa de câmbio, analistas esperam que o dólar feche 2025 em 5,56 reais. Para o final de 2026, o mercado projeta uma cotação de 5,62 reais por dólar. Xinhua