O mercado financeiro brasileiro revisou para cima sua projeção de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) do país em 2025 para 2,21% e reduziu sua estimativa de inflação para 5,24%, de acordo com o Boletim Focus, publicado todas as segundas-feiras pelo Banco Central após entrevistar mais de 100 economistas do setor privado.

Esta é a quarta semana consecutiva que os analistas melhoram a perspectiva para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), considerado a inflação oficial do país. Há uma semana, a expectativa era de 5,25% e, há um mês, chegou a 5,5%. Para os próximos anos, as projeções permanecem estáveis: 4,5% para 2026 e 4% para 2027.

Em relação ao crescimento econômico, a projeção atual de 2,21% para o PIB em 2025 representa uma ligeira melhora em relação aos 2,2% estimados na semana anterior e aos 2,14% previstos há quatro semanas. Para os anos seguintes, a previsão do mercado é de um crescimento de 1,85% em 2026 e 2% em 2027.

O Boletim também inclui a evolução das projeções para a taxa básica de juros (Selic), principal instrumento do Banco Central para o controle da inflação. Atualmente em 15%, após ter sido elevada de 14,75% na última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), a Selic está estimada em 12,5% para 2026 e 10,5% para 2027.

Com relação ao câmbio, a projeção é de que o dólar seja negociado a 5,72 reais ao final de 2025, abaixo da estimativa da semana anterior (5,77 reais). Para os próximos anos, as projeções permanecem estáveis, com taxa de 5,80 reais em 2026 e 5,75 reais em 2027.

Sobre o saldo da balança comercial (resultado do total de exportações menos as importações) para 2025, a projeção ficou estável em 74 bilhões de dólares de superávit. Para 2026, a expectativa de superávit permaneceu em 78 bilhões de dólares.

A previsão do Focus para a entrada de investimentos estrangeiros diretos no Brasil neste ano continuou em 70 bilhões de dólares, a mesma para 2026. Xinhua