Rio de Janeiro — O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) brasileiro rejeitou por unanimidade nesta quinta-feira a cassação da candidatura que elegeu o presidente Jair Bolsonaro e o vice-presidente Hamilton Mourão em 2018 pelo uso de notícias falsas, embora tenha admitido que houve disparo em massa de mentiras contra os adversários políticos.
Por 7 votos a zero, o plenário do TSE decidiu arquivar por falta de provas duas ações que pediam a cassação da candidatura que venceu as eleições presidenciais de 2018.
Ambas as ações pediam a cassação da candidatura por abuso de poder político e econômico por disparos de mensagens em massa nas redes sociais durante a última campanha eleitoral.
Durante a sessão, o TSE também definiu que nas eleições do ano que vem, o uso de aplicativos de mensagens instantâneas “para realizar disparos em massa, promovendo desinformação, diretamente pelo candidato ou em seu benefício, e em prejuízo de adversários políticos” será punido por abuso de poder econômico e uso indevido dos meios de comunicação social.
Segundo o juiz Alexandre de Moraes, que será presidente do TSE quando se realizarem as eleições de 2022, a Justiça Eleitoral “não será surpreendida como o Brasil foi surpreendido em 2018 por essas milícias digitais”.
Embora os pedidos de cassação tenham sido rejeitados, a maioria do plenário do TSE reconheceu que ficou comprovada a existência de um esquema ilegal de envio em massa de notícias falsas contra os adversários de Bolsonaro e Mourão em 2018.
Devido a isso, o TSE determinou que a partir de agora se considerará abuso de poder político-econômico o envio em massa de mentiras falsas por internet para beneficiar um candidato.
1. Jornalistas leem cópias do livro branco intitulado "Conquistas da China no Desenvolvimento Integral das Mulheres na Nova Era", divulgado pelo Departamento de Comunicação do Conselho de Estado durante uma coletiva de imprensa em Beijing, capital da China, em 19 de setembro de 2025. (Xinhua/Li Xin)