Especialista traz alternativas para enfrentar a ansiedade com as práticas integrativas

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Especialista traz alternativas para enfrentar a ansiedade com as práticas integrativas

Foto: Shutterstock

Por: Julyana Araújo 

Considerada como o mal do século, a ansiedade acomete grande parte da população mundial. Segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), o país tem o maior número de pessoas ansiosas do mundo: 18,6 milhões de brasileiros (9,3% da população) convivem com o transtorno. Para enfrentar esse mal, uma das alternativas são as práticas integrativas. Desde 2006, foi implantado a Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares (PNPIC) e, hoje, o Brasil passa a contar com 29 práticas integrativas pelo SUS.

São elas: Medicina Tradicional Chinesa/Acupuntura, Medicina Antroposófica, Homeopatia, Plantas Medicinais e Fitoterapia, Termalismo Social/Crenoterapia, Arteterapia, Ayurveda, Biodança, Dança Circular, Meditação, Musicoterapia, Naturopatia, Osteopatia, Quiropraxia, Reflexoterapia, Reiki, Shantala, Terapia Comunitária Integrativa, Yoga, Apiterapia, Aromaterapia, Bioenergética, Constelação familiar, Cromoterapia, Geoterapia, Hipnoterapia, Imposição de mãos, Ozonioterapia e Terapia de Florais.

O que são práticas integrativas

Em entrevista concedida, o terapeuta integrativo, Davi Paes, explica o que são as práticas integrativas: “As terapias integrativas trabalha com um olhar mais sistêmico, como indicam as correntes orientais: corpo, mente, emoções, sentimentos e espírito são vistos juntos.” O especialista reforça que as terapias integrativas não substituem necessariamente os tratamentos convencionais: “Não é excludente ao tratamento médico, ele trabalha junto. A prática complementar trabalha em paralelo. A integrativa tem tanto a característica da complementar, mas ela não está necessariamente atrelada a prática médica. Tem alguns pacientes com ansiedade que vieram por indicação de psicoterapeutas ou psiquiatras e, hoje em dia, se mantêm nos dois tratamentos”, exemplificou.

Ele explica qual a diferença da Medicina Oriental da Medicina Tradicional: “A medicina tradicional chinesa trabalha com preceitos diferentes da medicina alopática ocidental. De forma resumida, o terapeuta da medicina chinesa não irá prescrever medicação. É outra linha de pensamento. A gente consegue tratar uma enxaqueca com eficácia igual ao médico tradicional”, acrescentou.

Devido à pandemia provocada pela covid-19, o transtorno entre as pessoas ansiosas intensificou. O terapeuta comenta que a demanda de pacientes aumentou: “Existiu uma procura maior, principalmente casos de ansiedade”, afirmou Davi Paes, que oferece cuidados terapêuticos a partir da Medicina Oriental. Ele ressalta que a ansiedade é um estímulo externo, seja para proteção ou para fuga: “A ansiedade em si é uma reação natural do ser humano, ela se torna uma doença quando começa empatar você de exercer suas funções na sua própria vida”, alertou.

Tratamento

O terapeuta integrativo destaca as práticas que auxiliam no tratamento contra a ansiedade: “A acupuntura e hipnoterapia são muito eficazes. A massagem, de uma forma geral, também funciona perfeitamente. Tanto o Shiatsu quanto o Tui-Na, que é a massagem chinesa, funcionam muito bem. Já o Access tem um trabalho mais direcionado para a ansiedade mais crônica, uma vez que ele quebra o pensamento repetido, o que causa a ansiedade”, pontuou.

“A barra de Access, uma técnica desenvolvida nos Estados Unidos, refere-se aos pontos na cabeça e, estimulando esses pontos, você consegue acessar um grau de relaxamento e áreas da cognição, permitindo que modifique padrões de pensamentos e, dessa forma, consegue sair de quadros de ansiedade, estresse, transtornos. Uma série de fatores que se pode trabalhar com essa técnica”, detalhou o profissional.

Há pouco mais de um ano, o país vive um contexto atípico que prejudica ainda mais a saúde mental dos cidadãos. Sendo assim, o especialista dá dicas para amenizar a ansiedade em casa: “Técnicas de respiração é fundamental no combate a ansiedade, é um exercício para fazer no dia a dia. A respiração dos dedos e a respiração abdominal para distensionar toda a região dos ombros e ter um grau de relaxamento”, indicou.

No entanto, Davi Paes destaca a importância do acompanhamento profissional: “O terapeuta é a pessoa mais indicada para avaliar o paciente. A escolha da técnica deve partir do terapeuta. Ele vai saber qual a melhor prática para solucionar cada caso”, frisou. “Encontrar leveza, tentar não antever as situações, diminuir o tempo de telas, praticar os exercícios de respiração, principalmente nas crises de ansiedade, manter as atividades físicas, a fim de desacelerar os pensamentos. Separe um momento ao acordar, 5 minutos de respiração, para relaxar e aliviar o estresse. Um equilíbrio entre ser produtivo e desacelerar”, aconselhou o terapeuta integrativo.

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