ENTREVISTA: Pierre Lucena, presidente do Porto Digital

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ENTREVISTA: Pierre Lucena, presidente do Porto Digital

Foto: Divulgação

Como Pierre vai participar do painel “Case do Porto Digital”, no 44º Congresso Internacional da Associação Brasileira da Propriedade Intelectual (ABPI), que este ano será realizado pela primeira vez fora do eixo RJ-SP, fizemos uma entrevista com ele para falar um pouco das interseções entre o Porto Digital e o universo da Propriedade Intelectual, um mecanismo vantajoso e necessário para todos os empresários e empreendedores que desejam alavancar seus negócios e ter sucesso financeiro.

O evento acontece nos dias 12 e 13 de agosto, em Porto de Galinhas, Pernambuco. Junto a ele, também estará no painel sobre o Porto Digital Francisco Bulhões Carvalho da Fonseca, Secretário Municipal de Desenvolvimento Urbano e Econômico do Rio de Janeiro.

O Porto Digital, localizado na área central de Recife, abriga mais de 400 empresas, organizações de fomento e órgãos de Governo, com 18 mil profissionais e empreendedores. No total, os empreendimentos do Porto Digital geraram um faturamento anual de mais de R$ 5,4 bilhões em 2023. A marca é considerada a terceira maior do setor de serviços na capital pernambucana.

Vale destacar ainda que o Porto Digital tem sua atuação nos eixos de produção de software e serviços de Tecnologia da Informação e Comunicação (TIC), Economia Criativa, e foco no futuro das cidades por meio de prototipação com base em fabricação digital e internet das coisas (IoT).

Vamos à entrevista:

Qual a importância da propriedade intelectual para o Porto Digital?

A propriedade intelectual é fundamental para o Porto Digital, um ecossistema de inovação reconhecido pela sua capacidade de desenvolver produtos, soluções e serviços para diferentes setores econômicos. A PI é essencial por ser o meio de proteger as inovações e criações das empresas do parque tecnológico, garantindo que possam colher os frutos de seus investimentos em pesquisa e desenvolvimento. Com essa segurança, pesquisadores, startups e companhias podem continuar com seus processos de inovação contínua, o que atrai mais investidores e cria um ambiente de negócios seguro e competitivo.

Como registrar marcas e proteger patentes pode agregar valor ao setor?

Registrar marcas e, principalmente, proteger patentes agrega valor ao setor de TI de várias maneiras. Primeiro, assegura que as empresas possam tornar exclusivas suas inovações, evitando que concorrentes copiem ou usem suas criações sem permissão. Isso aumenta a competitividade e a atratividade para investidores, além de fomentar pesquisa e desenvolvimento tanto na cadeia empreendedora quanto nas universidades. Segundo, uma sólida carteira de PI pode ser um ativo valioso para empresas, potencializando aquisições, fusões e parcerias estratégicas.

Quais os maiores gargalos para a área de tecnologia no que se refere à PI?

Os maiores gargalos incluem a complexidade e os custos associados ao registro e à proteção de PI, especialmente para startups e pequenas empresas com recursos limitados. Outro desafio é a falta de conhecimento sobre os processos de propriedade intelectual e a importância estratégica da proteção de inovações. Além disso, o tempo necessário para a obtenção de patentes pode ser um obstáculo, visto que a velocidade de desenvolvimento tecnológico muitas vezes supera a capacidade dos sistemas de PI de acompanhar essas inovações.

Existe algum projeto envolvendo o Porto Digital e indicação geográfica?

O Porto Digital possui uma Indicação Geográfica registrada desde 2012 – foi a primeira indicação geográfica brasileira na área de prestação de serviços, especificamente em tecnologia da informação. Esta indicação reforça a reputação e a qualidade dos serviços tecnológicos oferecidos pelo Porto Digital, destacando sua importância como um núcleo de inovação e desenvolvimento no país.

Qual a importância da realização do Congresso Internacional da ABPI no Nordeste para o Porto Digital?

Além de trazer conteúdo e conhecimento para discutirmos as melhores práticas, desafios e tendências em PI, o Congresso ainda propicia networking e colaboração com especialistas, empresas e investidores do mundo inteiro. O evento também traz visibilidade e destaca a relevância da propriedade intelectual em Pernambuco e no Nordeste. Isso tudo fortalece o nosso ecossistema de inovação e amplia as oportunidades para as empresas residentes.

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