Egito sedia treinamento para impulsionar cooperação espacial entre países africanos

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Egito sedia treinamento para impulsionar cooperação espacial entre países africanos

Halilu Ahmed Shaba, diretor-geral da Agência Nacional de Pesquisa e Desenvolvimento Espacial da Nigéria, fala na cerimônia de abertura de um curso de treinamento em tecnologia espacial no Cairo, Egito, no dia 25 de julho de 2021. A Agência Espacial Egípcia (EgSA) iniciou no domingo um curso de treinamento em tecnologia espacial para 17 engenheiros e especialistas de cinco países africanos para impulsionar sua cooperação e intercâmbio de experiências no campo espacial. (Xinhua/Ahmed Gomaa)

Cairo, 25 jul – A Agência Espacial Egípcia (EgSA) iniciou no domingo um curso de treinamento em tecnologia espacial para 17 engenheiros e especialistas de cinco países africanos para impulsionar sua cooperação e intercâmbio de experiência no campo espacial.

Com duração de 25 de julho a 05 de agosto, o programa de 12 dias oferece treinamento teórico e prático para estagiários da Nigéria, Sudão, Gana, Uganda e Quênia.

Durante a cerimônia de abertura, o CEO da EgSA, Mohamed El-Koosy, disse aos participantes que desenvolver tecnologia espacial não é fácil, pois requer uma longa experiência e um orçamento considerável.

“Mas não é impossível. Pode ser alcançado pela cooperação de países africanos em projetos espaciais que tenham uma influência positiva em sua economia e desenvolvimento sustentável”, disse El-Koosy.

Após a cerimônia de abertura, os estagiários e convidados foram levados para um passeio pelo inacabado Centro de Montagem, Integração e Teste de Satélites (AITC) da EgSA, que está sendo construído com a ajuda da China.

O centro de 5.000 metros quadrados deve ser concluído em março ou abril de 2022, um ano depois do previsto por causa da pandemia de COVID-19.

El-Koosy elogiou a assistência da China ao Egito no campo espacial e suas concessões para estabelecer o AITC, bem como o satélite de sensoriamento remoto MisrSat II, observando que especialistas chineses fornecerão treinamento à equipe da EgSA antes de entregar o centro à agência egípcia.

“Os especialistas chineses precisam de seis meses para treinar nosso pessoal, no local de trabalho. Assim que nosso pessoal for treinado, os especialistas chineses entregarão o centro para o lado egípcio”, disse o chefe da EgSA à Xinhua durante a visita.

“Visto que o Egito e muitos outros países africanos participam da Iniciativa do Cinturão e Rota da China, damos as boas-vindas ao uso deste centro sob a égide da Iniciativa do Cinturão e Rota para servir os estados africanos que participam da Iniciativa do Cinturão e Rota”, acrescentou ele.

O Egito se ofereceu no final de novembro de 2019 para realizar este curso de treinamento em tecnologia de satélite e espaço, depois de assinar na EgSA com a Nigéria, Sudão, Gana, Uganda e Quênia uma declaração do projeto da Iniciativa Satélite de Desenvolvimento Africano.

A cerimônia de abertura do curso de formação contou com a presença de vários funcionários e diplomatas egípcios e africanos, acadêmicos, representantes da União Africana e outras organizações africanas, bem como chefes de agências espaciais de alguns países africanos.

“É evidente que precisamos falar e trabalhar conjuntamente para levar a África aonde queremos. É nossa responsabilidade desenvolver esta ciência e tecnologia. A Agência Espacial Egípcia assumiu a liderança e estamos felizes e animados”, disse Halilu Ahmed Shaba, diretor-geral da Agência Nacional de Pesquisa e Desenvolvimento Espacial da Nigéria (NASRDA).

O chefe da NASRDA também espera que este programa de treinamento resulte em futuras colaborações entre os países africanos participantes no campo.

Por sua vez, Samuel Donkor, presidente da Universidade All Nations (ANU) em Gana, expressou seu apreço pelo que o Egito está fazendo “pelo desenvolvimento das atividades espaciais na África”.

“O Egito está assumindo uma liderança forte, garantindo que outros no continente recebam o treinamento necessário no campo espacial. Isso aumentará e incentivará a cooperação espacial e fornecerá o conhecimento e as habilidades necessárias para atingir esse objetivo”, disse Donkor à Xinhua.

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