Economia da China expande 18,3% no 1º trimestre

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Economia da China expande 18,3% no 1º trimestre

Foto tirada em 4 de novembro de 2020 mostra um show de luz na área de Lujiazui em Shanghai, leste da China. Foto: Zhang Haofu

Beijing, 16 abr (China) — A economia da China cresceu anualmente 18,3% no primeiro trimestre de 2021, à medida que as fortes demandas doméstica e externa impulsionaram a recuperação em comparação com uma base baixa no início de 2020, quando a COVID-19 paralisou a segunda maior economia do mundo.

O produto interno bruto (PIB) alcançou 24,93 trilhões de yuans (US$ 3,82 trilhões) no primeiro trimestre, um aumento de 0,6% em relação ao quarto trimestre do ano passado, mostraram os dados do Departamento Nacional de Estatísticas (DNE) nesta sexta-feira.

A recuperação de dois dígitos com relação ao ano passado coloca o crescimento médio do primeiro trimestre de 2020 e 2021 em 5% em relação ao nível de 2019.

A economia chinesa registrou uma contração de 6,8% no primeiro trimestre de 2020 devido ao novo coronavírus. Graças ao controle resoluto e eficaz do vírus, o motor de crescimento global recuperou seu equilíbrio com um retorno “em forma de V” para atingir três trimestres consecutivos de recuperação no ano passado (3,2% no segundo trimestre, 4,9% no terceiro e 6,5% no quarto trimestre).

Os dados desta sexta-feira enviam sinais encorajadores no sentido geral. No primeiro trimestre, a produção industrial de valor agregado, as vendas no varejo e o investimento em ativos fixos da China aumentaram 24,5%, 33,9% e 25,6%, respectivamente.

Impulsionado pela crescente demanda interna e externa, o total de importações e exportações de bens aumentou 29,2% ano a ano, para 8,47 trilhões de yuans.

“Graças às medidas eficazes que o governo tomou para controlar a pandemia e estimular a economia, observamos um impulso resiliente nos indicadores econômicos provenientes tanto do lado da produção quanto do consumo”, disse à Xinhua Hoffman Cheong, sócio-gerente da EY China North.

Em particular, as vendas de catering quase voltaram ao nível do início de 2019, sugerindo um forte sentimento da população em sair, encontrar pessoas e gastar dinheiro, apontou Cheong. “Esta é a razão subjacente pela qual estamos confiantes nas perspectivas da China.”

Apesar da recuperação econômica, o DNE alertou para grandes incertezas e instabilidades, já que a COVID-19 continua a se espalhar globalmente e a base para a recuperação econômica doméstica ainda não se solidificou.

“Os problemas estruturais de longa data permanecem proeminentes com novas situações e problemas decorrentes do desenvolvimento”, salientou o DNE.

Em 2021, a China pretende expandir sua economia em mais de 6%, criar mais de 11 milhões de novos empregos urbanos e aumentar a demanda doméstica e o investimento efetivo, o que deve colocar a economia de volta à vitalidade pré-pandêmica.

O país buscará um desenvolvimento de alta qualidade, promoverá reformas estruturais do lado da oferta e consolidará e expandirá as conquistas da resposta à COVID-19 e do desenvolvimento econômico e social, entre outras tarefas importantes, de acordo com um relatório de trabalho do governo.

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