Por: Vitória Queiroz

O Instituto de Geografia e Estatística – IBGE- publicou na última quarta-feira(10), a taxa de desemprego no país em 2020. Os dados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), que mostram o aumento de 1,6 % no ano passado em relação a 2019. A taxa média de desemprego chegou a 14,1%.

O efeito da pandemia do novocorononavírus traz consequência nesse aspecto. Isso porque com a adoção das medidas restritivas, como o fechamento do comércio, atingiu brutalmente o trabalhador, sobretudo do trabalhador informal.

O índice de desemprego teve recorde negativo principalmente na região Nordeste, com Alagoas (20,0%), Bahia (20,0%), e Pernambuco (19,0%). As mais baixas foram nos estados de Santa Catarina (5,3%) e Rio Grande do Sul (8,4%). A taxa de desocupação entre os sexos tem números distintos. Mesmo sendo os mais afetados no início da pandemia, as mulheres possuem uma taxa de desocupação de aproximadamente 37% maior que a dos homens.

As pessoas autodeclaradas pretas ou pardas tiveram uma taxa de desocupação maior do que a média geral, com 2,6% e 1,7%, respectivamente.  Aqueles que possuem o nível de instrução menor também foram afetados. Esse grupo teve uma taxa de desocupação bem maior do que aqueles que possuem um grau de escolaridade melhor.  Os brasileiros com o superior completo, por exemplo, não foram tão afetados quanto o grupo anterior, isso porque puderam trabalhar remotamente e tiveram ao seu favor as medidas adotadas  pelo Governo Federal, como a redução de jornada de trabalho.

O grupo mais atingindo foi o dos jovens. No último trimestre de 2020, as pessoas com faixa etária entre 14 a 17 anos tiveram um índice de desocupação acima da média, com 42,7%, assim como os de 18 a 24 anos, que tiveram 29,8%. Já os jovens com idade entre 25 a 39 anos a média foi de 13,9%.