Dubai – A 28ª sessão da Conferência das Partes da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP28) está sendo realizada em Dubai, Emirados Árabes Unidos (EAU), marcando a realização da cúpula climática da ONU pelos países do Oriente Médio pelo segundo ano consecutivo, após a COP27 do ano passado, realizada no local turístico de Sharm El-Sheikh, no Mar Vermelho, Egito.
Poucos dias antes da abertura da COP28, os EAU anunciaram a conclusão do seu Projeto Solar Al Dhafra, que foi construído por empresas chinesas.
O projeto fornecerá eletricidade verde a 200.000 famílias, reduzirá 2,4 milhões de toneladas de emissões de carbono anualmente e aumentará a cota total de energias renováveis energéticas dos EAU para 13%.
A China e muitos países do Oriente Médio, incluindo EAU, Bahrein, Israel, Omã, Jordânia, Arábia Saudita, Turquia e Marrocos, têm feito esforços ousados no que diz respeito às mudanças climáticas, formulando agendas e roteiros rumo ao objetivo de neutralidade carbônica alinhados com o Acordo de Paris.
Compartilhando uma visão comum na abordagem dos riscos climáticos, a China e o Oriente Médio criaram uma base sólida para a cooperação na transição energética e no desenvolvimento verde, que agora virou um modelo de cooperação Sul-Sul para o desenvolvimento sustentável.
Em janeiro de 2022, quando os ministros dos Negócios Estrangeiros da Arábia Saudita, Kuwait, Omã, Bahrein, Turquia e Irã, além do secretário-geral do Conselho de Cooperação do Golfo, visitaram a China, foi alcançado um consenso sobre a transição verde entre as partes.
Na primeira Cúpula entre China e Estados Árabes, em dezembro do ano passado, a China se comprometeu a trabalhar com o lado árabe para avançar oito grandes iniciativas de cooperação em áreas incluindo inovação verde, segurança energética e outras nos próximos três a cinco anos.
As duas partes também propuseram um centro conjunto de investigação internacional para combater a seca, a desertificação e a degradação dos solos, além de um centro de cooperação para o desenvolvimento renovável, mostrando sua forte determinação em aumentar a cooperação climática bilateral.
Além disso, as empresas chinesas estão muito mais envolvidas em vários projetos energéticos de grande escala nos países do Oriente Médio, ajudando a impulsionar a transição energética local, por meio da experiência e da tecnologia da China.
Em Dubai, a maior cidade dos Emirados Árabes Unidos, a Harbin Electric Corporation da China contratou o primeiro projeto de usina elétrica a carvão limpo no Oriente Médio.
A usina é composta por quatro unidades que irão gerar 600 megawatts cada após concluída, com tecnologia ultra supercrítica. Espera-se que forneça 20% do consumo total de energia de Dubai.
Em maio deste ano, a Unidade 4 do projeto foi integrada com sucesso na rede nacional.
Em Marrocos, a terceira fase dos projetos de Energia Solar Concentrada NOOR construídos por empresas chinesas tornou-se uma das maiores centrais elétricas em torre do mundo, com uma capacidade instalada de 160 megawatts.
Há muitos outros para listar, como o maior projeto de energia renovável de Omã, o projeto Ibri Solar Power e o maior projeto mundial de armazenamento de energia na costa do Mar Vermelho, na Arábia Saudita.
Além disso, a China e o Oriente Médio tiveram uma cooperação mais forte na área de financiamento verde. Um conjunto de instituições financeiras chinesas está indo ao Médio Oriente e fornecendo apoio financeiro aos seus projetos verdes.
O Banco da China financiou o projeto da usina de carvão limpo Hassyan dos Emirados Árabes Unidos e o Projeto Solar Al Dhafra. Em outubro, também emitiu os primeiros títulos do Cinturão e Rota do mundo, avaliados em 770 milhões de dólares americanos, para apoiar projetos verdes qualificados de países relacionados.
Além disso, o Banco Industrial e Comercial da China emitiu títulos de neutralidade de carbono, com o montante dos títulos emitidos pela sua filial em Dubai totalizando 600 milhões de dólares. Esses títulos são para projetos de baixo carbono, transporte verde e renováveis.
Martin Tricaud, chefe do banco de investimento do First Abu Dhabi Bank, o maior credor dos Emirados Árabes Unidos, disse que o banco emitiu o primeiro título verde em yuan chinês da região do Oriente Médio e Norte da África, destacando que a meta de “duplo carbono” da China e a iniciativa estratégica “Emissão Zero até 2050” dos Emirados Árabes Unidos conversam entre si.
Falando à Xinhua na COP28, Ahmed Mohamed Mohina, vice-ministro de eletricidade e energias renováveis do Egito, disse que a China e o Oriente Médio se complementam no desenvolvimento renovável e compartilham grande potencial de cooperação em setores relevantes. Ele espera que os dois lados promovam essa cooperação climática.
1. Jornalistas leem cópias do livro branco intitulado "Conquistas da China no Desenvolvimento Integral das Mulheres na Nova Era", divulgado pelo Departamento de Comunicação do Conselho de Estado durante uma coletiva de imprensa em Beijing, capital da China, em 19 de setembro de 2025. (Xinhua/Li Xin)