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As manifestações durante a pandemia

Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil

Nesse último sábado (29), o Brasil saiu as ruas para se manifestar e protestar contra o governo do atual presidente da república, Jair Messias Bolsonaro. O movimento que criou força dentro das redes sociais foi levado até as ruas de mais de 200 cidades por todo o país.

Os manifestantes pediram diversas coisas entre suas passeatas, mas o mais aclamado pelo público foi o impeachment do presidente, vacinas e auxílio emergencial. Outros tópicos foram trazidos a tona como o fim da violência policial e o fim do genocídio negro no país.

Centenas de cartazes foram flagrados com dizeres como “O Brasil está lascado”, “mais de 449.000 mortes” e “fora Bolsonaro”. Os manifestantes do Recife se encontraram no Derby por volta das 9 horas e de lá foram em direção ao centro da cidade.

Rio de janeiro, Brasília, São Paulo entre outros estados e cidades tiveram manifestações calmas e pacíficas, nas redes sociais os participantes reforçaram a importância de ter o cuidado dobrado com a saúde e a segurança de todos por causa da pandemia.

Em Recife, por outro lado, os protestos acabaram por parte violenta da polícia militar. A polícia foi de encontro aos manifestantes na ponte Duarte Coelho, os manifestantes foram recebidos com bomba de gás lacrimogênio, tiros de borracha e spray de pimenta.

A violência dos protestos contra o presidente no estado repercutiu nacional e internacionalmente. Varias figuras públicas se posicionaram a respeito da violência. A polícia chegou a agredir a vereadora Liana Cirne quando a mesma foi conversar com os polícias sobre a possibilidade de parar os ataques aos manifestantes.

O governador Paulo Câmara se pronunciou pouco depois dos atos da polícia declarando que repudia todo e qualquer ato de violência e que não autorizou a polícia a atacar os manifestantes.

Nas redes sociais, os internautas demostraram revolta com o pronunciamento do governador e cobrou do mesmo respostas mais nítidas a respeito da situação, como se não ele, quem deu as ordens e quem são os policiais flagrados abusando do poder dado a eles.

Outro caso que provocou revolta entre os protestantes foi o caso de Daniel Campelo da Silva. Morador do bairro dos torrões na zona oeste de Recife. Daniel que não estava participando dos protestos, foi atingido por uma bala de borracha no olho esquerdo, mais tarde veio a confirmação por meio da família de Daniel, que ele perdeu esse globo ocular.

Jonas Correia de França também foi vítima da violência da PM (polícia militar) contra os manifestantes. Aos 29 anos de idade, atingido no olho direito por uma bala de borracha a poucos metros do Palácio do campo das princesas. Jonas foi internado no hospital da Restauração e ele, assim como Daniel, não estava participando do ato. O governo prometeu aos feridos pela polícia nas manifestações de sábado no Recife, indenização.

Apesar da repercussão internacional dos protestos, o presidente não se pronunciou à respeito dos atos, nem sobre a violência policial. Jornais como The Guardian, New York Times entre outros grandes nomes da mídia internacional, publicaram matérias à respeito das manifestações contra o presidente.

 

Por: Inaê Brito

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