Projeto Mães Produtivas concede bolsas de estudo para mulheres com filhos que possuem doenças raras

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Projeto Mães Produtivas concede bolsas de estudo para mulheres com filhos que possuem doenças raras

Foto: Reprodução

Por: Julyana Araújo 

Amor e educação lado a lado. Falta pouco para a mãe de Ana Beatriz se formar em gastronomia. Ivanilda Moura é uma das beneficiadas do Projeto Mães Produtivas. Sua filha, de 11 anos, nasceu com mielomeningocele, que consiste em uma má formação na coluna vertebral, podendo desenvolver problemas como a hidrocefalia e deficiências físicas. Apesar das dificuldades enfrentadas, seu sonho está sendo realizado: “Eu estudo mais à noite, porque durante o dia tenho as tarefas da casa, cuido dela, tem terapia, mas, no momento, está parado por causa da pandemia e, assim, a gente vai conciliando”, contou a mãe Ivanilda.

A ação, idealizada pelo grupo Ser Educacional e pela ONG Aliança de Mães e Famílias Raras, a AMAR, é destinada às mulheres que não podem frequentar as aulas presenciais, pois precisam dedicar mais tempo em casa para cuidar dos filhos que nasceram com doenças raras.

O diretor de Responsabilidade Social da UNINASSAU, Sérgio Murilo, comenta a importância da iniciativa: “Ela cuida do filho, pega seu computador e estuda. A gente consegue aliar o amor que ela precisa dar ao filho junto à educação”, frisou.

Mais da metade das oportunidades são oferecidas para Pernambuco devido à alta incidência de casos de microcefalia no estado. A AMAR, localizada em Boa Viagem, na Zona Sul do Recife, ajuda no acolhimento dessas mães de diversas formas. São gestos simples que fazem toda diferença: “Acho que se todas as universidades pensassem com essa cabeça do social, de cuidar um do outro, seria muito importante”, disse Pollyana Dias, presidente da AMAR.

A iniciativa já beneficiou mais de 250 mulheres com bolsas de estudo para cursos de graduação e pós-graduação EAD em vários estados do país. Uma dessas bolsas foi concedida à Márcia Xavier. Atualmente, ela consegue estudar e dedicar à atenção necessária que seu filho precisa: “Veio num momento crucial. Eu estava me separando. Estava entrando num quadro de depressão muito profundo. Nem acreditava que ia conseguir. Não importa a idade, o tempo, basta acreditar e sonhar que a gente consegue”, finalizou a mãe Márcia, beneficiada pelo projeto.  

Para as interessadas em se candidatar a uma vaga, as mães devem entrar em contato pelo e-mail sarah.coelho@uninassau.edu.br, onde será informada a documentação necessária para concorrer às vagas e os próximos passos da seleção.

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