por Roberto Dores Redação Diário do SUL
“Os maiores desafios do Baixo Alentejo são ganhar dimensão e escala, servir o país e contribuir para a criação do Sudoeste Ibérico, afirmando a oportunidade e a pertinência do seu potencial”. O desígnio é apontado pelo novo Observatório do Baixo Alentejo, uma entidade associativa que ainda se encontra em fase de constituição, mas que já entregou a proposta, no gabinete do primeiro-ministro, que aponta a região “como motor para a criação do supra-território”.
A proposta foi apresentada no âmbito da audição pública da Visão Estratégica para o Plano de Recuperação Económica de Portugal (PREP) 2020-2030, que, recorde-se, o Governo se prepara para apresentar, alertando o Observatório que já existem no Baixo Alentejo “projetos e infra-estruturas que é necessário consolidar e rentabilizar”
Um dos argumentos aplicados defende que a dimensão destes projetos excede as fronteiras do próprio Baixo Alentejo, estendendo-se até ao sul de Portugal, parte do sul de Espanha e ainda África.
Os elementos que compõem este novo Observatório justificam ainda que criação do supra-território do Sudoeste Ibérico “ganha forma natural a partir do Baixo Alentejo”, tendo em linha de conta o que é demonstrado pela própria história, sublinhando que o território económico se inicia no Porto de Sines e passa por Beja, com ligação a Faro e a Sevilha.
Uma rota que atravessa “os clusters mineiro e da transformação agro-alimentar”, justifica o Observatório, para quem “a afirmação do Sudoeste Ibérico é não só a afirmação do Baixo Alentejo e do seu território, como também do Alto Alentejo, do Algarve, da Andaluzia e da Extremadura espanhola, acrescentando valor, experiências e riqueza essenciais à afirmação de um supra-território que seja dinâmico entre si, solidário e complementar”, advogam os representantes desta estrutura.
Pergunta que se impõe: como poderá ser concretizado este projecto? O Observatório alerta para a necessidade de potenciar as infraestruturas de transportes, enumerando a criação de ligações ferroviárias e rodoviárias entre o Baixo Alentejo, o Algarve e a Andaluzia, bem como a criação de um hinterland ibérico a partir do aeroporto de Beja, em interligação com a futura plataforma logística de Vendas Novas.
Em fase de constituição e registo, o Observatório do Baixo Alentejo pretende ser um espaço de diálogo e de reflexão permanente a “nível regional, nacional e ibérico”, ambicionando propor “ações, medidas e projetos que, em articulação com a sociedade civil e as instâncias públicas”, ressalvam, visem o desenvolvimento regional integrado, “acompanhando e promovendo a sua plena execução”.
(240607) -- BEIJING, June 7, 2024 (Xinhua) -- Tourists ride horses in Habahe County of Altay, northwest China's Xinjiang Uygur Autonomous Region, June 4, 2024. According to the statistics of local authorities, Altay received 4.15 million tourist trips in May, which generated 3.65 billion yuan (about 504 million U.S. dollars) in tourism revenue, up 60.81 percent and 88.25 percent year-on-year respectively. (Xinhua/Aman)