Copenhague – Um especialista dinamarquês em energia destacou o enorme potencial da transição verde da China, expressando sua confiança nos esforços do país asiático para desenvolver energia renovável.

A China e a Dinamarca identificaram a energia na transição verde como uma área chave para a colaboração. Com a experiência da Dinamarca em energia renovável e desenvolvimento sustentável, e o compromisso da China com a transição para uma economia mais verde, os dois países podem trabalhar juntos para criar um futuro mais sustentável, disse Jens Hein, Chefe da Seção da China da Agência Dinamarquesa de Energia (DEA).

Ele disse que a Dinamarca e a China vêm cooperando em energia renovável há vários anos.

“A China já está indo muito bem em matéria de energia renovável”. No entanto, a longo prazo, o que você precisa para desbloquear o potencial dessa energia renovável é integrá-la ao seu sistema energético”, disse Hein.

Com a China introduzindo grandes quantidades de capacidade de geração de energia eólica, Hein enfatizou a importância de garantir a qualidade da energia renovável, assim como sua integração no sistema energético do país.

Xinhua/Lin Jing

Por exemplo, a Dinamarca vem trabalhando no desenvolvimento de um sistema de energia flexível há vários anos, e poderia compartilhar sua experiência com a China.

“A experiência dinamarquesa é que, através de utilizarmos previsões avançadas e termos geração flexível e fortes conexões de transmissão para outros países, temos sido capazes de expandir nossa dependência da energia renovável e manter a segurança do fornecimento de energia em 99,996%”, disse Hein.

Outra área em que a Dinamarca poderia cooperar com a China é no desenvolvimento de sistemas de aquecimento distrital. O aquecimento distrital é uma maneira eficiente de aquecer edifícios porque permite a utilização do calor residual de usinas elétricas ou fontes de energia renovável.

“O aquecimento distrital forma a espinha dorsal do sistema energético dinamarquês, dando-nos a flexibilidade necessária para que a energia renovável substitua os combustíveis fósseis”, explicou Hein.

Xinhua/Zhou Lei

Enquanto isso, o especialista disse que não há contradição entre o desenvolvimento econômico e a transição verde.

“A experiência diária na Dinamarca mostrou que o crescimento econômico e as emissões foram dissociados, com o PIB aumentando, enquanto o consumo de energia diminuiu ligeiramente e as emissões de gases de efeito estufa diminuíram”, disse Hein.

De acordo com o site da DEA, nos primeiros 11 meses de 2022, as fontes renováveis de energia representaram cerca de 42% do consumo total de energia da Dinamarca.

“A questão é que não há mais necessidade de escolher entre o desenvolvimento econômico e a transição verde, ambos podem ser alcançados simultaneamente”, disse Hein.