Especialistas americanos pedem diálogo e cooperação nas relações entre EUA e China

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Especialistas americanos pedem diálogo e cooperação nas relações entre EUA e China

Por Yang Shilong e Shi Chun

Nova York – Palestrantes do jantar de gala anual do Comitê Nacional das Relações EUA-China pediram, na terça-feira, diálogo contínuo, engajamento prático e maior colaboração entre Washington e Beijing para estabilizar a relação bilateral mais importante do mundo.

PROGRESSO EM MEIO A DESAFIOS

O presidente do comitê, Stephen A. Orlins, abriu o evento com um tom de otimismo cauteloso.

Ambos os lados devem “unir todas as forças possíveis”, disse Orlins. Mesmo em meio à turbulência global, “nós, do Comitê Nacional, sabemos que, em momentos de grandes desafios, podemos progredir”, disse ele.

Orlins destacou os diálogos em andamento do comitê sobre saúde, economia digital e governança de inteligência artificial (IA), enfatizando que “o progresso nessas áreas beneficiará americanos e chineses”.

COMUNICAÇÃO ACIMA DO CONFLITO

A presidente do Conselho do Comitê, Charlene Barshefsky, ex-representante comercial dos EUA, reconheceu que 2025 foi um “período tumultuado”.

Ainda assim, ela observou vários sinais positivos, uma visita bipartidária do Congresso à China, uma ligação telefônica presidencial e o anúncio de um acordo com o TikTok, como evidência de que os canais permanecem abertos.

“Com certeza não encontraremos um ponto em comum em todas as questões”, disse ela. “Mas me encoraja muito a ideia de que líderes de grandes países reconhecem o valor da comunicação acima do conflito”.

Barshefsky disse que o mundo “depende de relações estáveis ​​entre EUA e China”.

A INTERDEPENDÊNCIA EXISTE

“Nenhum país pode se isolar de forma confiável dos impactos do outro… Permaneceremos unidos por meio de nossas economias e, em última análise, de nossa existência compartilhada no planeta”, disse Evan G. Greenberg, vice-presidente-executivo do comitê e presidente da Chubb Insurance.

Ele pediu uma renovação do pensamento estratégico e dos esforços de redução de riscos, alertando para um “déficit” em ambos.

Greenberg também destacou o papel estabilizador dos laços comerciais, dizendo: “A liderança empresarial e do setor privado tem um papel importante e estratégico a desempenhar”.

Ele disse que o comércio e o investimento bidirecionais continuam sendo do interesse de ambos os países, atuando como uma “força estabilizadora”.

COOPERAÇÃO ACIMA DO CONFRONTO

O presidente e CEO da Pfizer, Dr. Albert Bourla, homenageado na cerimônia, descreveu o setor da saúde como um modelo para a cooperação bilateral.

“As tensões comerciais continuam fervendo”, disse ele, “mas devemos continuar colocando nossa confiança no diálogo e na conexão para fornecer o caminho produtivo a seguir”.

Bourla elogiou os rápidos avanços da China na biofarmacêutica, chamando-os de “notáveis”, e destacou a presença de quase 40 anos da Pfizer na China e as parcerias com empresas locais como exemplos de como a colaboração beneficia ambos os lados.

“Na saúde, o inimigo é apenas um: a doença”, disse ele. “Câncer, doenças cardíacas, Alzheimer… eles não reconhecem fronteiras”.

“As curas do amanhã virão da colaboração, da ciência e da crença de que problemas globais exigem soluções globais”, disse Bourla.

MÚSICA COMO PONTE

Durante o evento, Abigail Washburn, tocadora de banjo americana, e Wu Fei, artista de guzheng nascida em Beijing, apresentaram um dueto que combinou o banjo dos Apalaches com a antiga cítara chinesa, mostrando como a arte transcende fronteiras.

A apresentação e a amizade, enraizadas em duas décadas de intercâmbios musicais e pessoais, transmitiram uma verdade simples: tanto na música quanto na emoção, somos todos iguais.

Orlins disse ao final da apresentação que esperava que os dois países pudessem um dia conviver tão harmoniosamente quanto as duas artistas que tocaram juntas.

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