Dia 29 de outubro ficou nacionalmente conhecida como Dia Nacional do Livro por causa de uma homenagem a Biblioteca Real Portuguesa no Rio de Janeiro que foi transferida em 1810 para colônia. A história do livro começa, não com esses modelos bem diagramados que são vendidos atualmente e sim com papiros, que eram pedados laminados retirados do caule de uma planta que possibilitava a escrita.
O primeiro registro de livro impresso foi o do autor Tomás Antônio Gonzaga – Marília de Dirceu, também datada no ano de 1810. Durante a evolução dos livros, no séc. XX, vieram as bibliotecas já com a necessidade de preservação e durabilidade dos mesmos, além de possibilitar o acesso ao conteúdo completo que muitas vezes não existia e com a modernização das bibliotecas mais a chegada da tecnologia, os livros começaram a ser imigrados para as plataformas digitais em diversos formatos.
Foi graças a essa modificação tecnológica que durante a pandemia, o interesse pela leitura voltou a ser uma necessidade e companheira. Com as atividades remotas e as reclusões sociais, a maior companhia foram os livros para passar o tempo e distrair a mente. Não só ajudou no lazer, estudo e na saúde mental, como também economicamente vem tendo uma melhora gradual para as livrarias que precisaram fechar as portas no início da emergência sanitária assim como outros inúmeros estabelecimentos que precisaram se adaptar a as redes sociais para se manter.
De acordo com Marcos da Veiga Pereira, presidente do Sindicato Nacional de Editores de Livros – SNEL “as pessoas compraram muito mais livros [na pandemia]. Passados os quatro primeiros meses, quando houve muita incerteza e muitas dificuldades até mesmo de logística e de lojas fechadas, as pessoas começaram a se reconectar e as vendas cresceram, o que observamos no mundo inteiro. Aqui no Brasil demorou um pouco mais. Começamos a notar isso mais forte a partir de agosto. De setembro em diante, o crescimento foi tão grande que praticamente recuperou todas as perdas do período inicial da pandemia. E esse movimento permanece em 2021”
Foram várias estratégias criadas para que as livrarias se mantivessem durante o período de crise mas, as que mais sofreram foram as lojas de menor porte que não tinham capital suficiente para se manter. Diante desse cenário, o uso das redes sociais foi fundamental para conseguir a rentabilidade necessária, foram lives, vendas online via Instagram e Whatsapp entre outras para criar vínculo e um bom relacionamento com seus clientes.
Manter o equilíbrio entre as atividades profissionais e as de lazer é o que difere na rotina e no dia a dia. A importância entre entender que as vezes o ser humano precisa desse momento para si mesmo é o que faz desse Dia Nacional do Livro tão importante: a reflexão sobre si mesmo e os desejos e alegrias que representa cada um.
Ana Carolina Pavan