

Nesta segunda-feira, a COP30 em Belém deu início ao seu segmento político de alto nível com uma cerimônia de abertura marcada por simbolismos poderosos e apelos urgentes para a ação climática.
No palco, estiveram o presidente da COP30, embaixador André Corrêa do Lago, o vice-presidente do Brasil, Geraldo Alckmin, e a presidente da 80ª Assembleia-Geral da ONU, Annalena Baerbock.
O embaixador André Corrêa do Lago, conduziu toda a sessão de alto nível.
Na abertura, ele destinou um momento para a exibição de um vídeo com parte da série de fotos “Amazônia”, de autoria do fotógrafo brasileiro Sebastião Salgado.
Corrêa do Lago destacou que o legado do fotógrafo “dignifica a pessoa em seu trabalho, seu solo … e nos conclama a proteger as florestas, as águas e todos os seres viventes sobre o nosso planeta.”
Simon Stiell, secretário-executivo da UNFCCC, destacou os avanços conquistados, mas fez um alerta: Esse progresso no mundo real não é um mero luxo. É essencial para a nossa missão. Nesta nova era, muito dependerá de aproximarmos o nosso processo da economia real, para acelerar a implementação e disseminar os seus vastos benefícios para mais pessoas, disse o secretário.
No discurso de Geraldo Alckmin, o clima foi de cobrança e responsabilidade: “o tempo das promessas já passou”, afirmou, apelando para que esta COP marque “o início de uma década de entrega”.
Ele reforçou a necessidade de decisões concretas em política, economia, indústria e meio ambiente para garantir justiça intergeracional, preservação da biodiversidade e melhores condições de vida para todos.
Já Annalena Baerbock falou sobre a complexidade das negociações, mas também sobre esperança e cooperação: “sempre vem em saltos e rajadas … agora temos que conectá-las, focando em nossos mais fortes e maiores amigos: a confiança e a cooperação regional”; ela convocou a um “mutirão coletivo” para enfrentar a crise climática com soluções compartilhadas.
Com os discursos concluídos, delegados de diversos países começaram a fazer suas manifestações, reafirmando a urgência da transição energética, da justiça climática e do compromisso com o Acordo de Paris.
A cerimônia marcou, mais que um momento simbólico, o início de uma COP com tom executório — uma conferência da “verdade, da implementação e da responsabilidade”, nas palavras de Alckmin, que ressaltam a necessidade de transformar promessas em ações reais. Xinhua