Beijing (Xinhua) — A China exigiu nesta sexta-feira que os Estados Unidos parem de interferir nos assuntos de Hong Kong e nos assuntos internos da China, dizendo que tomará todas as medidas necessárias para contra-atacar se o lado norte-americano se obstinar em prejudicar os interesses do país.
O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores Zhao Lijian fez as observações em uma entrevista coletiva ao comentar as reportagens de que o presidente dos EUA, Donald Trump, disse que anunciará medidas contra a China por sua legislação de segurança nacional para Hong Kong.
Na quinta-feira, os legisladores chineses na terceira sessão da 13ª Assembleia Popular Nacional (APN), o mais alto órgão legislativo, votaram predominantemente pela aprovação da Decisão da APN de Estabelecer e Melhorar o Sistema Legal e os Mecanismos de Aplicação da Região Administrativa Especial de Hong Kong (RAEHK) para Salvaguardar a Segurança Nacional.
A decisão da APN é uma questão completamente interna da China, na qual nenhum país estrangeiro tem o direito de interferir, enfatizou Zhao. “Tomaremos medidas necessárias para combater resolutamente os atos errados de forças externas que interferem nos assuntos de Hong Kong.
Zhao apontou que Hong Kong é uma área importante para investimento e operação dos círculos comerciais dos EUA.
Ele observou que os Estados Unidos têm 85.000 cidadãos, mais de 1.300 empresas, quase 300 sedes regionais e mais de 400 escritórios regionais em Hong Kong. Quase todas as principais empresas financeiras norte-americanas operam em Hong Kong. O superávit comercial dos EUA com Hong Kong acumulou US$297 bilhões na última década, ocupando o primeiro lugar entre os parceiros comerciais globais dos EUA.
“Uma Hong Kong segura, estável e próspera é do interesse dos Estados Unidos”, destacou Zhao.
“Saudamos todas as partes dos EUA a continuarem o desenvolvimento e alcançarem maior sucesso em Hong Kong.”
Os Estados Unidos têm interesses importantes em Hong Kong, disse o porta-voz, pedindo que o lado norte-americano compreenda claramente a situação e pare de interferir nos assuntos de Hong Kong e nos assuntos internos da China.
“A China tomará todas as medidas necessárias para retaliar se o lado norte-americano se obstinar em prejudicar os interesses da China”, declarou Zhao.
1. Jornalistas leem cópias do livro branco intitulado "Conquistas da China no Desenvolvimento Integral das Mulheres na Nova Era", divulgado pelo Departamento de Comunicação do Conselho de Estado durante uma coletiva de imprensa em Beijing, capital da China, em 19 de setembro de 2025. (Xinhua/Li Xin)