Beijing – A China pediu nesta segunda-feira aos Estados Unidos que respondam de maneira pontual às preocupações de seu povo e da comunidade internacional sobre o combate à COVID-19.
O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores, Geng Shuang, fez as observações quando solicitado a comentar o fato de que mais pessoas nos Estados Unidos estavam questionando a resposta do governo à pandemia.
“Muitos nos Estados Unidos têm questionado e se preocupado se o governo tem respondido oportuna e efetivamente ao surto”, afirmou Geng em uma coletiva de imprensa.
“Eles querem esclarecer os fatos: Quando ocorreu o primeiro caso nos Estados Unidos? O governo norte-americano está escondendo alguma coisa? Por que está tão desesperadamente buscando culpar outros países e organizações internacionais?”
Em 4 de abril, o Washington Post publicou um artigo que apresentava uma visão panorâmica de como e por que o governo dos EUA lidou mal com a epidemia na fase inicial. Nos dias 13 e 19 de abril, nas coletivas de imprensa da Casa Branca, jornalistas da CBS e da CNN questionaram o atraso na resposta do governo dos EUA à COVID-19, mesmo já sabendo dos potenciais riscos de propagação global.
Em 14 de abril, o The Atlantic mencionou em um artigo que a principal razão para o enorme surto de casos nos EUA era a falta de fortes medidas governamentais. Em 21 de abril, o Los Angeles Times informou que, de acordo com os resultados da autópsia divulgados pelas autoridades de saúde do condado de Santa Clara, o primeiro caso de morte pelo novo coronavírus aconteceu na verdade em 6 de fevereiro, quase um mês antes da primeira morte conhecida declarada pelos Centros de Controle e Prevenção de Doenças dos EUA. As autoridades de Santa Clara também alegaram que as pessoas na Califórnia podem ter sido infectadas já em dezembro do ano passado.
“Esperamos que o governo dos EUA possa responder oportunamente às preocupações de seu próprio povo e da comunidade internacional. A Organização Mundial da Saúde também pode ser convidada a ajudar a rever esse processo”, disse Geng.
Observando que as doenças infecciosas são o inimigo comum de toda a humanidade, ele salientou que tanto os chineses quanto os norte-americanos são vítimas, e somente através da solidariedade e cooperação a comunidade internacional pode vencer a guerra contra o vírus.
“Esperamos que os Estados Unidos adotem uma atitude aberta, transparente e responsável, tomem medidas eficazes para salvaguardar a vida e a saúde de seu povo e trabalhem com a comunidade internacional para salvaguardar a segurança global de saúde pública”, disse Geng.
1. Jornalistas leem cópias do livro branco intitulado "Conquistas da China no Desenvolvimento Integral das Mulheres na Nova Era", divulgado pelo Departamento de Comunicação do Conselho de Estado durante uma coletiva de imprensa em Beijing, capital da China, em 19 de setembro de 2025. (Xinhua/Li Xin)