Brasil vai liderar estudo internacional para criar certificado de energia para produção de hidrogênio verde

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Brasil vai liderar estudo internacional para criar certificado de energia para produção de hidrogênio verde

Rio de Janeiro – O Brasil vai liderar um grupo de trabalho internacional sobre certificação da energia para produzir hidrogênio renovável, informaram fontes do setor nesta terça-feira.

Segundo divulgou a Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE) do Brasil, a proposta brasileira de certificação foi aprovada pelo Comitê Internacional de Transmissão de Energia Elétrica (CIGRE) e o país coordenará a criação de parâmetros globais para a descarbonização do combustível.

“Este é um passo importante para nos posicionarmos na vanguarda deste novo mercado. Seremos um dos maiores exportadores mundiais do produto, atuando como uma peça fundamental para acelerar a transição energética do planeta”, afirmou o presidente da CCEE, Rui Altieri.

Com a aprovação do CIGRE, a CCEE passará a debater, em âmbito internacional, quais são os atributos a se considerar para definir o hidrogênio como renovável e quais serão os critérios mínimos a se levar em conta em uma certificação desse produto. O trabalho será realizado em conjunto com membros de outros países interessados.

Ainda este ano, a CCEE lançará um modelo simplificado de certificação para atender aos projetos brasileiros que já estão em andamento e trabalhará para criar uma versão definitiva até 2023.

“Um dos principais requisitos para que outros países se interessem pelo hidrogênio fabricado no Brasil será, com certeza, a origem limpa da energia elétrica utilizada em sua produção. Será necessário criar mecanismos para garantir que o processo respeitou as exigências do cliente”, afirmou Ricardo Gedra, gerente de análise e informação ao mercado da CCEE.

Considerado como o combustível do futuro, o hidrogênio se postula como um negócio bastante promissor para o Brasil. Segundo um estudo da consultoria McKinsey, o setor deve criar oportunidades de investimentos da ordem de US$ 200 bilhões nos próximos anos.

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