Brasil envia missão diplomática a Venezuela para reabrir embaixada

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Brasil envia missão diplomática a Venezuela para reabrir embaixada

Foto: Fábio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil

Rio de Janeiro – O governo brasileiro enviou uma missão diplomática a Caracas a fim de iniciar os trâmites para a reabertura de sua embaixada na Venezuela.

Em comunicado divulgado nesta quinta-feira, o ministério das Relações Exteriores informou que a missão, chefiada pelo embaixador Flávio Macieira, avaliará as condições dos prédios e dará os primeiros passos em direção ao pleno funcionamento da representação brasileira no país vizinho, inicialmente, a nível de Encarregado de Negócios.

“O envio da missão reflete a decisão do governo brasileiro de normalizar as relações bilaterais, permitindo retomar as conversações com o governo venezuelano sobre os diferentes temas da agenda entre os dois países”, destacou o Palácio do Itamaraty.

“O diálogo com a Venezuela, país com o qual o Brasil compartilha laços históricos de amizade e cooperação, além de uma extensa fronteira, é fundamental não só para o acompanhamento adequado de uma agenda bilateral, como também para a revitalização da integração regional”, acrescentou a nota.

A missão também verificará as medidas necessárias para o futuro restabelecimento dos serviços consulares à comunidade brasileira na Venezuela.

O anúncio antecede o primeiro encontro pessoal entre o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e seu colega venezuelano Nicolás Maduro desde a posse do brasileiro, que acontecerá na próxima terça-feira, em Buenos Aires, durante a Cúpula da Comunidade de Países Latino-americanos e Caribenhos (CELAC).

As relações entre Brasil e Venezuela entraram em um período de tensão durante o governo do ex-presidente brasileiro Jair Bolsonaro (2019-2022), que reconheceu, em 2019, o opositor Juan Guaidó como “presidente encarregado” da Venezuela.

Em março de 2020, Bolsonaro rompeu relações com o país vizinho e ordenou a retirada de todos os diplomatas e funcionários brasileiros da embaixada em Caracas. Xinhua

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