BC do Brasil reduz taxa básica de juros para 13,25%, no primeiro corte em três anos

Brasil avança para melhorar seu sistema educacional com plano para escola em tempo integral
Documentário “Melodias Judaicas Deixadas em Shanghai” estreia em Los Angeles

BC do Brasil reduz taxa básica de juros para 13,25%, no primeiro corte em três anos

Foto: Antonio Cruz/Agência Brasil

O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) anunciou na noite desta quarta-feira uma redução de 13,75% para 13,25% ao ano da taxa básica de juros Selic, no primeiro corte em três anos.

A magnitude do corte surpreendeu, já que a maior parte dos analistas do mercado financeiro esperava uma redução de 0,25 ponto percentual.

Ao anunciar a decisão, o Copom argumentou ter avaliado a alternativa de reduzir a taxa básica de juros para 13,50%, mas achou apropriado adotar uma queda de 0,50 ponto percentual nesta reunião.

No comunicado divulgado após a reunião, o Comitê argumentou que a melhora do cenário para a inflação possibilitou a redução da Selic.

“Em se confirmando o cenário esperado (de desinflação e ancoragem das expectativas em torno da meta de inflação), os membros do Comitê, unanimemente, anteveem redução de mesma magnitude nas próximas reuniões e avaliam que esse é o ritmo apropriado para manter a política monetária contracionista necessária para o processo desinflacionário”, acrescentou o Copom.

Até esta quarta-feira, o último corte dos tipos de juros por parte do BC tinha ocorrido na reunião de agosto de 2020, quando a Selic passou de 2,25 para 2%.

Em março do ano seguinte, o Comitê iniciou o ciclo de endurecimento monetário e subiu a Selic 12 vezes seguidas até alcançar 13,75% em agosto de 2022. Desde então, a Selic se manteve inalterada em sete ocasiões.

Na opinião das instituições financeiras consultadas semanalmente pelo Banco Central através do informe Focus, a Selic deve terminar 2023 em 12%.

Segundo os analistas, a previsão do índice de inflação este ano é de 4,84% e de 3,89% para 2024. A meta oficial é de uma inflação de 3,25% em 2023 e 3% em 2024, em ambos os casos com uma margem de tolerância de 1,5 ponto percentual.

O detalhamento da decisão tomada pelo Copom e os passos a serem seguidos no futuro serão explicados na ata da reunião da quarta-feira que será divulgada no início da próxima semana. Xinhua

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *