Aeroporto de Beja pode ser opção para distribuir vacinas para a Covid-19

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Aeroporto de Beja pode ser opção para distribuir vacinas para a Covid-19

Foto: Diário do Sul

por Marina Pardal
Redação «Diário do SUL»

Évora (Portugal) – As condições bastante particulares em que as vacinas para a Covid-19 têm de ser armazenadas e distribuídas começam a ser debatidas. As baixas temperaturas que são necessárias, quer nos aviões, quer nos aeroportos, bem como no restante processo de transporte, estão entre as preocupações.

Neste âmbito, o especialista em aviação Paulo Soares, em declarações à TSF, realçou que, “neste momento, não existem aviões, nem aeroportos preparados para distribuir as vacinas para a Covid-19”.

Não havendo tempo para construir aviões especiais, o mesmo especialista defendeu que “a hipótese é adaptar os aviões existentes e uma forma de o fazer é a utilização de gases considerados perigosos, que permitem baixar as temperaturas e conservá-las”.

Nessa mesma entrevista à TSF, Paulo Soares sublinhou que, “genericamente, desconhece a existência de aeroportos com arcas frigoríficas de grande dimensão, suficientes para armazenar vacinas em muito larga escala”.

No caso de Portugal, adiantou que “só conheço uma arca frigorífica com disponibilidade de espaço”, revelando que “é a que está no Aeroporto de Beja”.

Nesse âmbito, considerou que “Beja pode mesmo ser a solução para fazer chegar as vacinas ao resto do país”.

Nas declarações à TSF, acrescentou que “o Aeroporto de Beja encontra-se num sítio isolado, sem congestionamento”, constatando que “as vacinas podiam ser distribuídas, a partir de lá, de carro ou em pequenos aviões, também eles preparados, com arcas frigoríficas pequeninas e por pouquíssimo tempo”.

Na sua opinião, “estamos numa corrida contra o tempo”, acreditando, contudo, que “há tempo para adaptar a indústria da aviação”.

Na entrevista à TSF, Paulo Soares referiu que um exemplo disso “é a recomendação da IATA (Associação Internacional de Transporte Aéreo) para que a aviação de carga possa encontrar respostas para este novo desafio”.

No entanto, alertou que “só uma verdadeira colaboração entre os países vai permitir essa adaptação ao transporte e distribuição em larga escala das vacinas”.

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