Por Ana Carolina Pavan

A preocupação com o bem estar climático e ambiental não é um assunto atual. Já vem sendo debatido por muito tempo a importância de preservação do meio em que vivemos e que os recursos não são ilimitados, sendo finitos e que hora ou outra, estariam escassos para uso. Não apenas isso, mas com o proveito descriminado desses recursos a temperatura vem aumentando continuamente de um jeito preocupante.

O Projeto colaborativo Recife Exchanges chama a cidade como a “aquacêntrica de alguns milhões de habitantes” e afirma ser uma das capitais do planeta mais suscetíveis as consequências climáticas e ao avanço do mar por causa da sua densidade demográfica. Em agosto/21, o IPCC – Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas da ONU – Organização das Nações Unidas, divulgou que Recife ocupa o 16º lugar no ranking mundial de lugares com alto risco, já que a “Veneza brasileira” é cortada por rios, mangues e banhada pelo Oceano Atlântico.

Pensando nesse contexto, a Climate Central construiu uma plataforma digital que permite simular como ficariam diversos pontos do mundo com a elevação do nível do mar se não fossem adotadas as medidas de redução de carbono. Aqui na capital pernambucana foram simulados trechos do bairro de Casa Amarela, Zona Norte do Recife em 2050 com a elevação de 4ºC acima da temperatura atual e os resultados são assustadores.

Alguns países já estão se mobilizando para reduzir o efeito do gás carbono em 2ºC que segundo a pesquisa, ajudará a evitar muitos impactos catastróficos climáticos. O esforço de manter essa temperatura vai ser benéfica não apenas para o ecossistema, mas para as pessoas também tornando as economias mais seguras.