Esta combinação de fotos sem data fornecida pelo Instituto de Geologia e Paleontologia de Nanjing, da Academia Chinesa de Ciências, mostra a amostra fóssil de um antigo mosquito macho (L) e o floco âmbar que encapsula o mosquito.
Uma equipe internacional de cientistas disse que um fóssil datado de cerca de 130 milhões de anos atrás sugere que os mosquitos machos provavelmente sugavam sangue nos tempos antigos.
Entre os mosquitos modernos, apenas as fêmeas são hematófagas, o que significa que usam peças bucais perfurantes para se alimentar de sangue de humanos e de outros animais. Os cientistas acreditam que a hematofagia dos insetos evoluiu a partir de aparelhos bucais perfurantes e sugadores usados para extrair fluidos vegetais, mas têm dificuldade em estudar essa evolução devido à falta de registros fósseis de insetos.
Os cientistas da China, Líbano, França e Estados Unidos descobriram em um âmbar do Cretáceo Inferior do Líbano que o aparelho bucal perfurante de dois mosquitos machos bem preservados incluía uma mandíbula triangular excepcionalmente afiada e uma estrutura alongada com pequenos dentículos semelhantes a dentes, o que sugeria que eles foram então alimentados com sangue.
As novas descobertas, publicadas online na revista Current Biology, podem fornecer novas evidências para o estudo da evolução dos mosquitos, segundo os cientistas.
As novas descobertas estenderam a ocorrência definitiva da família de insetos mosquitos até o início do Cretáceo e, com os mosquitos machos sugadores de sangue, sugeriram que a evolução da hematofagia foi mais complicada do que se suspeitava.
O fóssil faz lembrar o filme de aventura e ficção científica estadunidense de 1993, Jurassic Park, dirigido por Steven Spielberg e baseado no livro homônimo escrito por Michael Crichton.
Com informações da Xinhua*