Estado de emergência impede caça e javalis já estão a destruir agricultura

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Estado de emergência impede caça e javalis já estão a destruir agricultura

Por Roberto Dores

«Diario do SUL»

Évora (Portugal) – Agricultores e proprietários solicitaram ao Governo e ao Instituto de Conservação da Natureza e das Florestas que sejam permitidas ações de correção de densidades de javalis “para prevenção e minimização de estragos nas culturas”. O apelo é feito numa altura em que a caça está proibida, sendo uma das restrições impostas durante o Estado de Emergência, o que tem permitido a elevada propagação dos javalis nos campos do Alentejo.

O pedido do regime do exceção junta a Confederação dos Agricultores de Portugal (CAP), a Associação Nacional dos Proprietários Rurais Gestão Cinegética e Biodiversidade (ANPC) e a Anpromis — Associação dos Produtores de Milho e Sorgo de Portugal, preocupados com o que garantem ser já “os avultados estragos que os javalis causam nas culturas agrícolas”, segundo avança o secretário-geral ANPC, João Carvalho.

O mesmo dirigente esclarece que o pedido de exceção enviado ao Governo terá garantido já abertura por parte do Executivo. “Percebemos que há uma sensibilidade do Governo e do Instituto de Conservação da Natureza e das Florestas para tentarmos resolver este problema, até porque, em última análise, temos em risco o fornecimento de produtos essenciais à população”, refere como consequência de não haver resistência à proliferação dos javalis nos meios rurais.
Os agricultores reconhecem que a contenção da pandemia causada pela covid-19 “é uma prioridade e um imperativo nacional e as medidas decretadas, incluindo a declaração de Estado de Emergência, revelam-se absolutamente necessárias”, mas alertam que é “igualmente crucial manter o funcionamento basilar da economia”.  
Recordam que foram proibidas as correções de densidades de espécies durante o período de confinamento, estando impedido o recurso à caça enquanto ferramenta de gestão das populações de javali, espécie que causa anualmente avultados prejuízos à agricultura, florestas e recursos naturais.

“Estes estragos estão a ocorrer de uma forma generalizada por todo o país, sendo essencialmente afetadas culturas como o milho, as hortícolas, os olivais, as vinhas e outras plantações”, denunciam, reclamando que o controlo cinegético possa regressar aos campos em breve “para evitar prejuízos mais gravosos”, insiste João Carvalho, tanto em explorações empresariais como familiares, de pequena, média e grande dimensão.

Caso se confirme o controlo de densidade, terá que ser feito com recurso ao método da espera, depois da modalidade da montaria ter terminado em final de fevereiro.

A praga de javalis que está proliferar em Portugal terá provocado prejuízos na ordem dos 2 milhões de euros aos agricultores no ano passado. As  explorações agrícolas são, de resto, as mais afetadas por esta espécie que é já considerada como estando fora de controlo.

 

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